Sempre fui daqueles meninos gulosos, desde pequeno gostava de comer bastante, encher o bucho. Minha família é grande de origem Libanesa e Portuguesa. Somos muitos primos e sempre fomos muito próximos, nas férias não era diferente passávamos 30 dias juntos. Mesa grande, todos reunidos sob a tutela da nossa avó, Maria Amélia, portuguesa do tipo linha dura que cuidava de uma dezena de meninos.
Minha fama de pequeno me persegue até hoje, apesar de não ser mais aquele menino guloso, mas um jargão ficou; “Óó Gustavo, deixa para os teus primos.” Exatamente, Dona Maria Amélia, sempre chamava minha atenção por ter o “olho maior que a barriga”.
Ela também dizia: “Tudo que é demais enjoa.” Nesse caso acredito que está mais pra dito popular do que uma memória familiar, com você também é assim?
Afinal, tudo no início é uma delícia, o contraste do doce e salgado intensifica o sabor um do outro, assim como quando experimentamos uma semana inteira em casa. Que maravilha, filhos, família, plantas, comidinha caseira, acordar mais tarde, dormir mais tarde, tempo pra ler um livro. Mas o encanto acabou?
Vamos ver se o Home Sweet Home amargou!
Em Julho de 2020, os mais de 58 mil trabalhadores entrevistados planejavam trabalhar cerca de 2,5 dias em casa, lembrando que neste estudo, a jornada de trabalho é de 6 horas. Em outubro do mesmo ano, esse dado se aproximou de 3 dias, mas ao longo tempo algumas questões ficaram mais evidentes e parece que os times vêm mudando de ideia.
Por outro lado, os empregadores se renderam ao modelo e cederam espaço significativo para o modelo híbrido. No primeiro grupo de entrevistados, o número de dias que desejavam atribuir ao home office se aproximava de 1,5 dias. Hoje, esse número progrediu para cerca de 2,5 dias, uma mudança importante se comparada ao desejo dos times.
Destacamos uma linha no gráfico que nos ajuda a entender a relação entre o desejo dos empregadores e dos trabalhadores! Isso é bom? Claro que sim, demonstra pré-disposição dos líderes de adaptarem suas operações para o desejo dos times, mas perceba que até essa decisão amadurecer levou-se mais de 2 anos.
Leve o tempo que levar, que as relações continuem num caminho de harmonia, bem-estar, alta performance, culturas fortes e assim como as lembranças de família, fiquem boas memórias.